A Rede Brasil do Pacto Global da ONU anunciou o lançamento do Movimento Transparência 100%. A iniciativa busca engajar as empresas no combate à corrupção com vistas a alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Atualmente, SPIC Brasil, CBA, Eletrobras, Grupo Fleury, MRV, Anglo American e Petrobras já assinaram a carta-compromisso e estão integradas ao Movimento, que foi lançado no dia 3 de dezembro, na 2ª edição do evento online “Ação contra corrupção: aumentando a ambição coletiva”, realizado das 9h às 11h, no canal do Pacto Global da ONU no Youtube.
O Transparência 100% integra uma série de iniciativas do Pacto Global que convidam o setor privado brasileiro a assumirem compromissos públicos com metas ambiciosas na busca pelos ODS. O movimento tem como objetivo encorajar e capacitar as empresas para ir além das obrigações legais, fortalecendo mecanismos de transparência e integridade em empresas de destaque para torná-las mais resilientes e exemplos de sucesso para as demais empresas do país.
Além de assumirem os compromissos e metas propostas pelo Movimento, as empresas participantes poderão percorrer e uma jornada de capacitação e produção de conhecimento, fundamentais para a disseminação das boas práticas sobre o tema.
“Muito temos ouvido sobre ESG e sabemos que Governança é um pilar fundamental não somente para a sigla, mas para a sociedade. Não alcançaremos os ODS e toda essa agenda fundamental para a sociedade e o planeta, se não fizermos direito. E fazer direito também é fazer sem corrupção. O Pacto Global tem atuado e cobrado que as empresas assumam compromissos e definam metas ambiciosas em diversos temas e dentre esses importantes Movimentos, o Transparência 100% é um dos que precisamos de união do setor privado. É um movimento pioneiro, somos a primeira rede local a trabalhar com metas anticorrupção tão ambiciosas. Passamos da hora da negociação, agora é a hora da ação”, afirmou Carlo Pereira, Diretor-Executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.
Os prejuízos causados pela corrupção alcançam 5% do PIB global anualmente. Os trilhões de reais perdidos pelos cofres públicos prejudicam o provimento de serviços básicos, como educação e saúde, aprofundando desigualdades e agravando a pobreza. A corrupção também mina a confiança do público nas instituições, enfraquecendo a democracia. Os impactos da corrupção são igualmente graves para o setor privado, razão pela qual é indispensável seu engajamento em esforços de promoção da transparência e da integridade. Ela distorce mercados, prejudica o desenvolvimento econômico e gera danos reputacionais irreparáveis para as empresas.
O Pacto Global da ONU está encorajando as empresas do Brasil a se comprometerem com a meta de serem 100% transparentes até 2030. As cinco metas do Movimento são: 100% de transparência nas interações com a Administração Pública; Remuneração 100% íntegra da alta administração; 100% da cadeia de valor de alto risco treinada em integridade; 100% da transparência da estrutura de compliance e governança; e 100% da transparência sobre o desempenho dos canais de denúncia.
O Movimento Transparência 100% será monitorado pelo Observatório 2030, iniciativa do Pacto Global da ONU lançada neste ano, que acompanha justamente as metas e compromissos públicos assumidos pelas empresas nos mais diversos temas. Além do Transparência 100%, o Observatório 2030 também atua nos pactos de saúde mental (Movimento Mente em Foco), equidade de gênero e étnico-racial (Equidade é Prioridade) e clima (SBTi e o Impacto NetZero).
O evento de lançamento do Movimento foi aberto ao público e contou com as presenças de Camila Valverde, Diretora de Impacto da Rede Brasil do Pacto Global, Michael Johnston, Professor Emérito de Ciência Política na Universidade Colgate (EUA), Camila Gualda Sampaio Araújo, Coordenadora da Plataforma de Ação contra a Corrupção e Diretora de Conformidade na Eletrobras, Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil, Pedro Ruske Freitas, Diretor de Promoção da Integridade na Controladoria-Geral da União, Ricardo Rodrigues de Carvalho, CEO da CBA, e Rodrigo Limp Nascimento, Presidente da Eletrobras, Jeane Tsutsui, Presidente do Grupo Fleury. Além do lançamento do Movimento, o evento mostrou as realizações da plataforma de Ação Contra Corrupção do Pacto Global durante o ano de 2021, e lançar o Guia de Diretrizes sobre Ações Coletivas, desenvolvido pelo Conselho Consultivo de Ações Coletivas.
Fonte: Pacto Global
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