28/06/2021

Na Alicerce, um reforço de US$ 10 milhões para tirar o atraso escolar

<span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">Edtech de impacto social recebeu dois aportes durante a pandemia, incluindo capital do corporate venture capital da Vivo</span>

professora dando aula para crianças
Na Alicerce, um reforço de US$ 10 milhões para tirar o atraso escolar

Edtech de impacto social recebeu dois aportes durante a pandemia, incluindo capital do corporate venture capital da Vivo
Por Luiz Henrique Mendes — São Paulo 28/06/2021 11h15
Atualizado 28/06/2021

Depois de atravessar um longo e tenebroso inverno pandêmico, os alunos voltarão presencialmente às escolas — na rede pública paulista, a partir de agosto — com um déficit de aprendizagem que vai desafiar os educadores. A Alicerce, uma startup de impacto social que oferece aulas de reforço, quer ajudar nessa recuperação.

Criada há menos de dois anos por Paulo Batista, um executivo do mercado financeiro que comandou a varejista de produtos odontológicos Dental Cremer — vendida ao grupo americano Henry Schein —, a Alicerce tropeçou no início da pandemia após o fechamento repentino das unidades, mas sustentou a operação com o dinheiro dos sócios e chegará ao pós-pandemia bem maior.

Para segurar as pontas, os principais investidores (um grupo que inclui os empresários Eduardo Muffarej, Jair Ribeiro e os fundos de venture capital Canary e Valor Capital) fizeram uma extensão da rodada seed no ano passado, aportando US$ 5 milhões para evitar demissões — a aventada possibilidade de desligamentos gerou desgaste no ano passado, quando sindicatos relacionavam os cortes ao nome de Luciano Huck, que foi um dos investidores e garoto-propaganda da rede.

“Foi muito mais barulho que essência, mantivemos todos os professores que quiseram durante a pandemia”, diz Batista. O quadro de funcionários fixos está em 120 pessoas. Os professores, que trabalham como autônomos e recebem por aula num modelo de gig economy (um novo nome para o antigo freelancer) , chegam a 280.

A edtech também aproveitou a capitalização dos sócios para expandir sua rede. Normalmente, uma unidade da Alicerce se instala na sobreloja de um comércio de periferia — cada uma com três salas para as aulas de reforço. Quando a covid-19 chegou ao Brasil, a startup contava com 49 unidades, um número que agora passa de 100, conferindo uma capacidade de atender 30 mil alunos.

A pandemia também obrigou a Alicerce a dar aulas digitais, uma vez que o modelo, até então, era exclusivamente presencial. "Chegamos a dar aula para 5,5 mil alunos de forma online durante a pandemia", conta o fundador. Atualmente, a startup conta com 4 mil alunos — 3 mil em formato presencial e 1 mil online.

A capacidade da Alicerce ainda está bastante ociosa, mas a edtech vem ganhando tração em parcerias comempresas como Nubank, MRV e Vivo, com o que deve chegar rapidamente a 10 mil alunos.

Para apoiar a expansão, o que requer a contratação de mais profissionais, a Alicerce levantou mais capital. Batista revelou ao Pipeline que a startup concluiu em maio a captação de mais US$ 5 milhões, trazendo para o capital investidores como a Wayra, hub de inovação da Vivo que inclui um corporate venture capital.

Desde a fundação, a startup já levantou mais de US$ 15 milhões (quase R$ 75 milhões), o que inclui o seed de US$ 5 milhões levantado no fim de 2019 e investimento anjo — nomes tarimbados como Arminio Fraga, David Feffer e Daniel Goldberg também apoiaram a edtech.

No formato tradicional, as mães ou pais pagam de R$ 99 a R$ 299, a depender da renda, para o reforço que ocorre três dias por semana ou cinco, na modalidade que contempla aulas de inglês. No modelo de parceria com empresas, a Alicerce pode oferecer cursos como benefício aos filhos dos funcionários. Uma novidade é o AliPass, um benefício inspirado no Gympass.

“No projeto fechado, a empresa tem um custo de R$ 150 mensais por colaborador. Com o Alipass, paga um valor que pode variar de R$ 10 a R$ 30, e o colaborador paga o valor residual – de R$ 99 por mês", explica Batista.

A oferta de cursos também chega aos adultos — 50% da base — não apenas no modelo tradicional, de reforço, mas na capacitação profissional em cursos feitos sob demanda para as empresas. Com Carrefour e Vivo, por exemplo, a Alicerce atua em projetos de formação e qualificação de transexuais.

A startup também negocia um grande projeto com a MRV para levar educação para os canteiros de obras. A empresa da família Menin já oferece os cursos da edtech como benefício aos funcionários. "Estamos com mais de 54 empresas parceiras", disse o fundador da Alicerce.

A ambição da Alicerce ainda é chegar a 4 milhões de alunos simultaneamente, uma enormidade para uma empresa mas um contingente ainda pequeno diante das carências brasileiras. “É o tamanho da rede estadual de São Paulo e só 10% dos alunos no Brasil", compara.

Para ajudar na tarefa educacional brasileira caminhando com as próprias pernas, reduzindo a dependência de aportes dos sócios, a Alicerce não abre mão de fazer dinheiro. “O negócio não visa maximizar o lucro, mas sim o impacto social de uma forma lucrativa”.

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